Li à tempos um artigo que defende uma ideia interessante e portanto que merece ser debatida.
Uma politica alemã Gabriele Pauli (que curiosamente está filiada no CSU, que é o partido mais conservador na Alemanha) defendeu que os casamentos deviam caducar automáticamente após 7 anos, ou seja só será prolongado se os intervenientes estiverem de acordo. Li tambem uma entrevista à antropologa Helen Fisher, que até defendia um prazo de 4 anos.
Ora segundo as teorias mais novas da biologia evolutiva antigamente na idade pedra quando o homem e uma mulher se apaixonavam ela engravidava bastante depressa, e os biologos defendem que o tempo que convem o par está junto por causa do bébé é de 3 ou 4 anos, depois desse tempo a criança já só precisa de um progenitor (esse argumento considero questionável). Depois desse tempo troca-se de parceiro (para garantir uma máxima diversidade no pólo genético humano), a este modelo chama-se monogamia serial.
De facto as mais recentes estatísticas acerca de divórcios confirmam essa tese, pois a grande maioria ocorre no quarto ano de casamento.
Põe-se em questão de porquê se deve insistir no actual regime de casamentos? A minha resposta é que hoje em dia não existem práticamente razões nenhumas para isso, devemos antes de mais basear-nos nas teorias da biologia evolutiva que optimizam a performance da espécie humana. É um absurdo as consequências financeiras que os divórcios trazem aos intervenintes, um modelo baseado no prazo prolongável de 4 anos parece-me mais sensato.
quarta-feira, dezembro 19, 2007
Monogamia serial
Espetado por Ger @ 18:12
Labels: ciência, teoria da evolução
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«A minha resposta é que hoje em dia não existem práticamente razões nenhumas para isso, devemos antes de mais basear-nos nas teorias da biologia evolutiva que optimizam a performance da espécie humana. É um absurdo as consequências financeiras que os divórcios trazem aos intervenintes, um modelo baseado no prazo prolongável de 4 anos parece-me mais sensato.»
E que justificação dão elas, nas condições actuais, para o casamento, já agora? Aliás como muitas pessoas têm longos periodos de namoro esse tempo deveria ser descontado nos 4 anos.
Agora, desculpa lá, este post foi ultra-Iliberal. Os ileberais falam muito do direito dos individuos fazerem as suas coisas sem serem condicionados pela sociedade. Tu aqui defendes que não só esse condicionamento deve existir como até é subalterno a outro principio comum que é o futuro evolutivo.
É que de uma sociedade mais igualitaria, por exemplo, oindividuo até pode tirar algum partido (menos criminalidade etc) mas de uma futura optimização biologica ( E para onde nos pode levar este argumento!!! Pensar no teu ultimo post) que pode ele retirar
Ger, o que é o casamento???
não seria mais simples simplificar os processos de divórcio?
nesses contratos existiria a possibilidade de haver claúsulas de rescisão, tipo jogadores de futebol?
@ Parreirex
Tu queres é puxar a conversa para o matrimonio gay...
parece que alguém estava com mais vontade de puxar essa conversa do que eu.
beijinhos fofos...
@ anónimo
Esse post foi uma linha de pensamento inspirado nas pessoas referidas no post.
Existe uma diferença entre um pensamento e uma opinião. Este post foi um pensamento. Eu tenho como uma espécie de hobby arranjar argumentos para uma dada opinião, sem ser dessa opinião.
Um problema que se põe nesta ideia de casamentos a prazo é quando um dos intervenientes pretende rescindir o contrato antes dos 4 (ou 7) anos, sendo isso possível fica-se na mesma, ou seja o casamento a prazo não trará grandes vantagens relativamente ao modelo actual (sou antes favorável ao argumento introduzido pelo Parreira). O teu argumento acerca dos periodos de namoro foi bem pensado, não me tinha ocorrido essa ideia.
O casamento é básicamente um contrato com deveres e direitos nos quais deve haver um equilibrio. Sou favorável à introdução de matrimónios gay, para os quais não estou a ver nem direitos nem deveres que esses devem ter a menos que os casamentos heterosexuais.
A questão da optimização biológica foi um pensamento e não uma opinião. Os argumentos biologicistas em questões de implementação na sociedade considero até repugnantes, basta lembrar o capitulo negro da eugenia na primeira metade do século XX
Não é boa ideia criar uma analogia a 100% entre o código social e a nossa natureza animal.
Se quisermos estar 100% de acordo com o nosso cérebro reptiliano, então deveríamos deixar de condenar moralmente o incesto e o assédio sexual, por demais conhecidos em vastos grupos de animais.
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