Big Brother is cheating you (parte 1)

Uma das minhas embirrações mais recentes é a banalização do uso da vídeo-vigilancia.


Não sou absolutamente insensível aos argumentos do respeito da privacidade, mas o corpo fundamental da minha perplexidade centra a atenção num aspecto muito mais ludico: a utilidade.

Imagens de uma demente impávida a sair do hospital de Penafiel com um bebe escondido no saco de compras, ou dos sequestros a caixas Multibanco em centros comerciais têm já denominação de origem no inconsciente colectivo - o seu papel na resolução dos casos : nulo.

Uma conjunção de acontecimentos particular, estatisticamente irrelevante? Talvez, mas chamo a atenção para esta noticia do público (cito de memoria):«Apesar de Londres ter 1 câmara por cada 4 habitantes, o facto é que a criminalidade não se reduziu significativamente» (Já sei que nada prova e deve ser entendido num quadro mais complexo, mas não deixa de ser um indicador com relevo). Por outro lado apesar de pioneiros na introdução de câmaras de segurança, o assalto a agencias bancárias não parece estar a tornar-se significativamente menos comum...