quinta-feira, janeiro 08, 2009

Uma longa viagem

Férias, ou deva antes chamar interrupção lectiva, definições à parte, para mim foram férias. Resolvi fazer uma viagem por este Moçambique enorme, juntamente com o meu amigo de longa data e de várias histórias, Nuno Adão. Destino? Desconhecido, apenas uma certeza, íamos para Norte, queríamos visitar o parque nacional da Gorongosa que encerrava no dia 26 de Dezembro. Partimos quase sem quer dia 21, domingo. Depois de um belo repasto no restaurante do costume, Mimos, partimos eram precisamente 14 horas. Com o carro atulhado de tralha, tenda, duas cadeiras, dois coleman repletos de refrescos, cinco garrafões de água, grelhador, um saco de carvão, pratos e copos, dois edredões, um saco cama e duas malas cheias de roupa, partimos à aventura, descobrir as belezas de Moçambique. A saída de Maputo, sempre complicada, com muito trânsito, com os conhecidos chapas e machibombos a adornarem a nacional número um. Dada à partida tardia, resolvemos que neste primeiro dia iríamos apenas até à cidade de Xai-Xai que se situa aproximadamente a 200km da capital, Maputo. Pelo caminho compramos as deliciosas castanhas de caju e muita fruta por um preço quase irrisório comparado com que se fazem na capital. Assim, compramos muita manga e ananás, não sei precisamente o peso em kg, mas eram bastantes. Pagamos por tudo, mangas e ananases 50 meticais.

Chegados ao Xai-Xai fomos para a zona das praias pois é lá que se situa o parque de campismo. A praia estava repleta de gente, alguns embriagados, outros dançavam desenfreadamente ao som da música que vinha de umas grandes colunas colocadas na esplanada. Depois de apreciarmos o espectáculo e de termos bebido uma cervejita, fazia imenso calor, fomos tratar da logística. Era a primeira vez que estávamos a montar a tenda comprada um dia antes no Game e aí deparamo-nos com o nosso primeiro problema, faltava material, faltavam os espetos que tornariam a tenda segura. Mesmo assim, resolvemos monta-la com a esperança que não viesse uma rajada de vento e a levasse outra vez para Maputo. Mas, neste país do desenrasca tudo se consegue, assim, perguntou-se a um rapaz que apareceu no parque a pedir as boas festas qual a possibilidade de ele arranjar uns espetos, em menos de uma hora lá vieram eles, em número insuficiente mas que já permitiam alguma segurança. E lá demos as boas festas, 150 meticais.
Dia 22, precisávamos de mais espetos, fomos até à cidade à procura de uma loja de ferragens, à segunda tentativa encontramos uma que satisfez o que procurávamos. Saímos mais uma vez tarde e resolvemos nesse dia que o nosso destino era Vilanculos, com paragem em Maxixe para almoçar. A estrada até Maxixe é razoável com excepção de um troço à saída do distrito de Xai-Xai que tem alguns buracos. Em Maxixe perdemos umas duas horas para almoçar, muita gente e um serviço lentíssimo foram as causas para o atraso. Eram 16 horas quando arrancamos, a partir de agora era o desconhecido, há dois anos já tínhamos ido a Maxixe, mas dessa vez de barco, partindo de Inhambane. Na província de Inhambane apanhamos a pior estrada, se é que se pode designar assim, um troço de 50km entre Massinga e Fornos, um autêntico pesadelo, buracos e mais buracos que rebentam qualquer carro.

Por volta das 18 h fomos atacados por um exército de mosquitos cujo tamanho era comparável com abelhas, autênticos kamikazes que bombardearam o vidro do carro afectando a visibilidade, mais tarde soube que eram um petisco local, que grelhadinhos eram uma delícia. Não, não os provamos. Chegando a vilanculos pensei que nos tinham preparado uma festa surpresa pois a cidade estava completamente às escuras com à excepção de alguns estabelecimentos que tinham geradores. Precisávamos de meter gasóleo mas as bombas estavam vazias, teríamos de tentar a sorte no dia seguinte. Avançamos pela cidade adentro perguntando onde podíamos encontrar o parque de campismo, lá o encontramos em frente à praia. O parque estava completamente deserto à excepção de dois campistas que se encontravam também por lá perdidos. Montada a tenda fomos procurar um sítio para comer qualquer coisa, aconselharam-nos o café ‘’New York’’. De regresso à tenda, iluminados não pela energia de Cahora Bassa que significa em dialecto, acabou o trabalho, mas sim pelo nosso mega foco, resolvemos tomar um gin tónico e divagar um pouco sobre a vida. O parque despido de gente e de luz era algo assustador, era um cenário tipo ‘’ Blair Witch’’. Pressentíamos que algo não estava bem mas mesmo assim resolvemos ficar. Durante a noite enquanto dormíamos, fomos assaltados. Roubaram-nos um coleman, uns chinelos, o foco e a carteira do Adão. Não roubaram mais porque acordei enquanto tentavam abrir o carro. Confiamos na sorte e tramamo-nos. No entanto o meliante ainda teve o bom censo de por os documentos juntamente com o cartão de débito num envelope e só ter levado a carteira com algum dinheiro. Caso contrário as férias ficariam definitivamente estragadas. Estou convencido que foi o guarda do parque ou alguém combinado com ele.


Dia 23, Logo de manhã cedo decidimos partir, tínhamos de levantar dinheiro, por gasolina e tomar um bom pequeno-almoço. Estava um calor infernal e as filas para os bancos enormes, resolvemos ir comprar uns chinelos e tomar o pequeno-almoço com a esperança que a fila diminuísse. Fomos ao mesmo café da noite anterior, agora com a possibilidade de ver a vista fabulosa que tem e avistarmos algumas ilhas do arquipélago de Bazaruto. De volta ao banco, a fila continuava enorme, resolvemos separarmo-nos e irmos a bancos distintos. Enquanto estorricava naquela fila estive a conversar com um americano de Chicago professor de física que estava em Moçambique voluntariamente integrando os quadros do corpo de paz. Vinha de Nampula e dirigia-se para Maputo. Sempre à boleia. O tema Obama foi incontornável, e tal como a maioria dos americanos também ele depositava muita fé no novo presidente. Depois de me ter bronzeado naquele multibanco o próximo objectivo era por gasóleo. Em Vilanculos ainda não havia gasóleo, o camião, que vinha da cidade da Beira ainda não tinha chegado. Olhamos para o mapa e as bombas mais próximas estavam em Macovane, a 80 km de Vilanculos. Em Macovane também não havia gasóleo, estava a ficar preocupante, não poderíamos andar muito mais. Pedimos informações a um guarda que se encontrava na estrada se havia algumas bombas próximas onde houvesse gasóleo. Em Inhassoro, disse. Inhassoro é uma pequena Vila Costeira que dista 15 km da estrada nacional número um onde nos encontrávamos. Era verdade, havia gasóleo, enchemos o tanque e fomos comprar gelo ao minimercado local, ainda deu tempo para ir ao mercado, às calamidades comprar uma carteira, bolsa. Eram 12.30, tardíssimo para quem tinha de fazer um percurso de 600 km numa estrada que desconhecíamos e que poderia estar cheia de crateras como já nos tinha acontecido. O objectivo era chegar ao parque nacional da Gorongosa e pernoitar por lá, no entanto esse objectivo parecia-nos cada vez mais longínquo dado à escassez de gasóleo que havia nas bombas, o aproximar da noite e ao mau tempo, chovia a cântaros. Ponderados estes factores avançamos para a cidade de Chimoio. Instalamo-nos no hotel milpark, um hotel recente com óptimas condições, uma vista descomunal para a serra, avistava-se a famosa cabeça do velho, uma enorme montanha. O nome Cabeça do Velho surgiu pelo formato do monte, que faz lembrar a cabeça de um homem quando está deitado (de olhos para cima). Com a companhia de uns amigos de Chimoio jantamos no restaurante do hotel, a cozinheira que conhecia bem os nossos amigos tratou-nos principescamente aconselhando-nos que provássemos a sua nova receita, um delicioso filete de peixe acompanhado com um molho que agora não me lembro do nome mas que estava divinal.

Dia 24, Natal. Depois de nos repastarmos com mais um “English Breakfast” avançamos para a Gorongosa, mais 140km de viagem até ao parque. O dia estava límpido, quente e a estrada era boa. Fomos até ao acampamento de Chitengo em pleno coração do parque. A época, nem o dia, eram os mais propícios para conhecer o mais famoso parque de vida selvagem de Moçambique. O parque, como tudo o resto neste país foi devastado por anos de guerra civil. A sua reabilitação está sendo feita aos poucos graças ao seu benemérito, Gregory Carr, através da sua fundação e do Ministério de Turismo de Moçambique. Durante os 30 km de terra batida que nos conduziram até o acampamento de Chitengo vimos sobretudo javalis e macacos. Apesar de o parque fechar oficialmente dia 26, as actividades do parque, incluindo safaris estavam encerradas devido à época das chuvas que inundaram os trilhos não permitindo a passagem. Depois do almoço resolvemos sentarmo-nos ao pé da piscina e desfrutar a tranquilidade e beleza, daquele espaço.


Noite de consoada, o que fazer? Resolvemos aceitar o convite do Srº Abílio Antunes um português que emigrou para Moçambique há mais de quarenta anos, actualmente o maior criador de frangos da região central. Nunca tinha estado numa fazenda ou ‘’Farmer’’ designação que se costuma usar por estas bandas dada à proximidade com o Zimbabwe. A fazenda é gigantesca e tem imensos pavilhões com galinhas. Só para terem uma ideia, são abatidas diariamente doze mil galinhas. Dado o número de muçulmanos que estão em Moçambique as galinhas tem de ser mortas de forma’’ halaal’’, ou seja, tem que se rezar antes e depois da morte do animal e este tem que ser sacrificado. No caso das galinhas em concreto estas são degoladas. Passar o dia a degolar galinhas era uma profissão que não queria ter. Para além das setecentas cabeças de gado que tem como hobby. O jantar de acordo com as tradições portuguesas estava delicioso. Bacalhau com batatas cozidas regadas com azeite alentejano, acompanhado com um vinho estupendo, Quinta do Javali da região do douro. Uma noite muito agradável no qual se ouviu histórias de outros tempos, de Moçambique, do Zimbabwe e claro de Portugal. Nessa noite confesso que os meus pensamentos vaguearam pelo meu país, estiveram com os meus amigos e sobretudo com os meus pais.


Dia 25. Tiramos o dia para descansar. Aproveitar o dia para recarregar energias, fomos até à piscina da fazenda e também almoçamos por lá, era impossível recusar o convite. No fim da tarde fomos dar uns tiros, não em animais mas sim num coco que serviu de alvo. De regresso ao hotel, optei por descansar dando continuidade à leitura de um romance que trouxe para devorar durante as pausas, Rio das Flores de Miguel Sousa Tavares, nada mais apropriado encaixando-se precisamente no ambiente em meu redor.


Dia 26. Á descoberta da província de Manica. Como primeiro destino, as pinturas rupestres situadas nas montanhas quatro km antes da Vila de Manica. Na zona existe uma comunidade, que explora as machambas cuja líder é uma Rainha. Rainha de Manica, Moçambique e do Zimbabwe. Era uma senhora já com os seus setenta anos mas com uma vitalidade e uma energia de fazer inveja a um miúdo de doze anos. Para visitar as pinturas é preciso autorização da rainha, e é a própria a conduzir-nos até ao local. As pinturas estão situadas num rochedo encravado no meio da montanha, não é propriamente perto, e é preciso alguma destreza física para subir até ao local. Pelo caminho passamos pelo lugar onde se fazem os rituais, onde se pede aos deuses que chova.

É claro que os deuses não trabalham de borla e é necessário oferecer-lhe algo, uma garrafita de vinho, umas notas, uma galinha… Continuamos a nossa escalada até chegar ao local. Chegados lá, a rainha fez uma reza, pediu-nos 50 meticais a cada pessoa, para oferecer aos deuses, entenda-se. Tiramos umas fotos, apreciamos a paisagem que era imponente, avistava-se as montanhas do Zimbabwe. Há muito tempo que não sentia o ar puro da serra, e estar ali fez-me recordar os melhores tempos da minha vida, na aldeia com os meus avós. Depois de nos despedirmos ficou a promessa de que se voltássemos, traríamos umas garrafitas de vinho, para os deuses, claro.

Avançamos até à Vila de Manica e depois fomos à fronteira com o Zimbabwe. A fronteira de Machipanda. Tornei-me milionário, comprei uma nota de 500 milhões de dólares Zimbabueanos, uma fortuna, talvez consiga comprar um refresco. Se tivéssemos trazido os passaportes tínhamos atravessado, só para ter mais um carimbo. Voltamos, e fomos conhecer uma ‘’ Crocodile farmer’’ de uns Zimbabueanos, almoçamos por lá. De regresso a Chimoio ainda deu tempo para irmos ver uma barragem, a barragem de Chicamba.


Dia 27, partida para a cidade da Beira. Aproximadamente 200 km. Partimos depois do almoço em que mais uma vez almoçamos na ‘’farmer’’. Viagem nas calmas e sem percalços. Era Sábado e tínhamos ouvido falar muito bem de uma nova discoteca. Foi dos poucos dias em que o nosso objectivo estava bem definido, encontrar um hotel para dormir, jantar, e conhecer a nova e badalada discoteca da Beira. Com a ajuda de um precioso livrinho, guia turístico, que esta escrito em italiano, o qual faz uma abordagem, onde comer, onde ficar, o que fazer em cada localidade, inclusivamente os preços, conduziu-nos à pensão moderna. A pensão não contendo os luxos do hotel anterior era bastante asseada, os quartos tinham ar condicionado, casa de banho privativa e televisão. Instalados, tínhamos de encontrar um restaurante decente para jantar, indicaram-nos o restaurante ‘’Papas’’. De facto não se comeu nada mal, como a Beira é terra de marisco, arriscamos comer uns camarões tigres grelhados, e fomos bem sucedidos. A discoteca fica situada no centro hípico tendo sido baptizada com o mesmo nome. É uma discoteca moderna, grande e com estilo europeu. Provavelmente a melhor discoteca de Moçambique. A noite foi divertida…

Dia 28 e 29. Fomos para o centro náutico. Dias dedicados ao prazer de fazer nenhum. Bebeu-se, comeu-se e descansou-se.


Dia 30. Tomar o pequeno-almoço no Bulha Shopping. Centro comercial pequeno mas com uma excelente pastelaria pertencente a um português. Aproveitamos para nos situarmos do que acontecia no mundo, ler o expresso, sol e público, nem queria acreditar, uma das minhas actividades preferidas, estar no café a ler jornais decentes e actualizados. Á tarde, fomos até á praia da Savane. Trinta km de terra batida, atravessar um rio e por fim a praia. Chegamos por volta das 15h e tínhamos barco às 17h. Encontramos muitos Zimbabueanos brancos que iam acampar, tal como os sul-africanos, trazem a casa às costas só que estes ao contrário dos outros têm que comprar a alimentação em Moçambique. Fez-se praia, lavou-se a alma.

Dia 31. Ritual do costume. Bulha Shopping, centro náutico, estrumanço. Fomos apenas marcar a reserva no Centro Hípico para a passagem do ano. Noite interessante…


Dia 1. Acordamos tarde como era de prever. Principal preocupação encontrar um restaurante aberto para se comer. Encontramos uma churrasqueira mas que naquele dia não tinha frango, comemos uma mixórdia qualquer e fomos dar uma volta pela cidade. Encontramos o que foi outrora o ex-líbris da África Colonial, o grande hotel da Beira. Dá que pensar, o que uma descolonização mal feita e uma guerra civil podem fazer. (Ver Documentário da RTP). De regresso á pensão acabei o livro, viu-se televisão e preparou-se a viagem para o dia seguinte. O projecto era ir até Vilanculos e daí visitar as principais ilhas do arquipélago de Bazaruto. Tínhamos 600 km pela frente.


Dia 2. Foi o dia que partimos mais cedo. Seis da manhã e já estávamos na estrada. A chegar ao Ichope apanhamos mau tempo. Começou com um simples chuvisco e á medida que avançávamos para sul a chuva ficou mais intensa, dificultando a visibilidade. Quando chegamos a Vilanculos uma verdadeira tempestade tinha-se abatido sobre nós, após chegarmos a consenso resolvemos não ir às ilhas e avançarmos para Inhambane. Mais 200km. A cidade de Inhambane tinha sido fustigada pelas chuvas toda a semana, inclusive a nacional número um tinha cedido e o trânsito esteve cortado durante dois dias. Após alguns telefonemas ao nosso centro de informações em Maputo, Manel, resolvemos passar alguns dias em Inhambane. A nossa tenda iria novamente ser utilizada. Acampamos e jantamos no ‘’Fátima backpackers’’. Mais tarde fomos até ao Dino’s Bar que estava repleto de sul-africanas lindíssimas. Mais uma noite interessante…


Dia 3. Mais um ‘’English Brakfeast ‘’. Depois de estarmos refastelados, praia. O dia anterior tinha sido muito cansativo. Para o final da tarde resolvemos grelhar uns camarões. Estavam deliciosos. Bebemos uma garrafa de gin com água tónica e metade de uma garrafa de espumante tinto. Caímos como tordos até ao dia seguinte.

Dia 4. Levantei-me muito cedo. Eram cinco da manhã. Resolvi ir dar um mergulho no mar que estava fantástico. Soube-me pela alma. Mais tarde e de pequeno-almoço tomado e sem nada o fazer prever resolvemos ir embora. Eram 14h e tínhamos 450 km pela frente. A viagem não nos estava a correr bem, já tínhamos sido multados por excesso de velocidade’’101km’’ a sair de uma localidade, que só tem mato entenda-se. Já na província de Sofala tínhamos sido multados pela mesma razão. Aliás era impossível não sê-lo. Mas o mais caricato, enquanto estava a ser autuado, outro carro foi mandado parar, também estava a exceder o limite de velocidade de 60km. A grande diferença é que eu fui multado e ele não, segundo a informação que o agente nos deu, o individuo era ‘’ Big Chefe’’. Tretas, eu sou branco, logo tenho dinheiro, logo tenho de sustentar esta cáfila. Depois disto é obvio que não vou pagar a multa. Espero que venha uma carta do tribunal, o que não acredito. Mas o episódio mais insólito estava ainda por acontecer. Contra todas as probabilidades uma águia, que não era a vitória, depois de suspender o voo abruptamente foi de encontro ao nosso carro embatendo no vidro. Este rachou, ficando muito danificado. Tínhamos o dia estragado. Chegamos a Maputo por volta das nove. Tínhamos andado 3762 km. Uma longa viagem.



12 Bitaites:

Anónimo mandou o bitaite...

Ena Ena...Foste tirando notas no caminho só pode...Mas valeu a pena o texto é fluido, a espaços emocionante, e sobretudo muito teu: não requer grande voluntarismo partilhar os varios estádios mentais que foste revezando.

Depois temos de marcar um forum Msn para traduzir as ... à frente das noites interessantes.

Já agora, tens duas fotos repetidas ou sou eu acho os pretos todos iguais?

Tóchã mandou o bitaite...
Este comentário foi removido pelo autor.
Tóchã mandou o bitaite...
Este comentário foi removido pelo autor.
Tóchã mandou o bitaite...

EXCELENTE EXCELENTE EXCELENTE!!!!

eram coisas deste tipo que vínhamos reclamando e fomos positivamente surpreendidos com a qualidade aventureira e literária (gostei particularmente da descrição da posição da cabeça do velho “estava deitado(de olhos para cima) “, relativamente bem documentado em imagens, de fazer inveja ao Miguel Sousa Tavares…

descritivo, energético, ordenado, selvagem, aventureiro…fabuloso!!!

P.S.- Apenas notei alguma confusão do autor com a analogia feita com o Rio das Flores, pois esse ambiente fazia-te lembrar o teu ambiente natural, no entanto de naturalidade e nao de natureza como quiseste afirmar.

Alexandre Areias mandou o bitaite...

Fui eu que me enganei. De facto estão duas fotos repetidas.

parreirex mandou o bitaite...
Este comentário foi removido pelo autor.
parreirex mandou o bitaite...

belissima descrição dessa odisseia... esperamos agora a versão (hardcore) do adão...

beijos

Anónimo mandou o bitaite...

Anda caçar-me, Matemático Caçador... miau...

Anónimo mandou o bitaite...

muito bom, amigo alexandre. uma pessoa a trabalhar, ao frio e lê uma história destas!!! muito bom, se aí estivesse fazia o mesmo. um grande 2009 para ti e para todos os lusos emigrados.

abraço, torres

Alexandre Areias mandou o bitaite...

Grande Torres! Aquele abraço saudoso deste emigrante. Ouvi dizer que estás de casamento marcado. Muitas felecidades, para ambos.

Anónimo mandou o bitaite...

eles hoje em dia jà nao se casam....ajuntam-se, amigam-se

Isto hà prai cada embrulhada

Anónimo mandou o bitaite...

COM A MINHA NOIVA
FUI UM DIA PASSEAR
E PAREI O CARRO
MESMO À BEIRINHA DO MAR
COM O AR DA PRAIA
O DESEJO DEU À COSTA
EU FIQUEI LOUCO
E ELA DE BIQUINHO À MOSTRA

MAS DE REPENTE SURGIU O GUARDA COSTEIRO
QUE LOGO DISSE
QUE POUCA VERGONHA É ESTA?

EU LEVANTEI-ME
ENTÃO DO BANCO TRASEIRO
PEDI POR TUDO
P´RA NÃO ME ESTRAGAR A FESTA

Oh SENHOR GUARDA NÃO LEVE A MAL
O QUE ESTÁ VENDO NÃO É SÓ O TAL E TAL
Oh SENHOR GUARDA VEJA LÁ BEM
NÓS SOMOS NOIVOS
OLHE O ANEL QUE ELA TEM

Oh SENHOR GUARDA NÃO LEVE A MAL
NÓS ATÉ ESTAMOS DE CASAMENTO MARCADO
Oh SENHOR GUARDA VEJA LÁ BEM
VAMOS CASAR
A VINTE DO MÊS QUE VEM

DEPOIS DE OUVIR-ME
E PROVAR QUE ERA VERDADE
O SENHOR GUARDA DISSE COM AUTORIDADE
SEJAM FELIZES QUE PARA MIM ESTÁ TUDO BEM
EU FIZ O MESMO QUANDO ERA NOIVO TAMBÉM

E ASSIM FICÁMOS ELA E EU A TARDE INTEIRA
MAS ESTE CASO NÃO NOS SAÍU DA MEMÓRIA
QUANDO CASARMOS, DISSE-LHE EU NA BRINCADEIRA
VAI SER TÃO LINDO RECORDARMOS ESTA HISTÓRIA