sexta-feira, setembro 01, 2006

Ver-se às aranhas (não que isto possa interessar a alguem- 4)

Os successos das brigadas de narcoticos da Judiaciaria têm sido evidentes, trimestralmente são superados records de apreensões de cocaina e haxxixe.O espectro de toda uma sociedade livre de drogas já ultrapassou a fase de definir contornos, começando mesmo a aglutinar alguma espessura . Toda a sociedade? Não, existe um pequeno reduto que estoicamente aguenta as investidas do nosso tempo: a redacção do tal&_qual.

Depois de há uns meses dedicarem a primeira pagina a sites holandeses, que por mail order fazem chegar cá substancias psicotrópicas, dando-lhes uma projecção e provavelmente um volume de negocios em Portugal superior ao euro-milhões , a direcção do T & Q decidiu subir mais um estádio dos 7 descritos por Syd Barret em interstelar overdrive. Dando credito a relatos demenciais que garantem o avistamento de leitores que dispensam um pequeno almoço rico em afetaminas , o director do semanáriodecidiu dedicar a primeira página a substancias alucinatórias que podem se feitas com materiais quotidianos,como por exemplo:

--- Teias de aranha
---Vernizes –
----graxa
----casca de banana
---noz moscarda
----o spray milagroso para Lesões muculares

E o longo etc que inclui uma deliciosa infusão preparada com pilhas velhas e fitas de vídeo queimadas (bem, nesta altura, é mais fácil arranjar substrato de corno de rinoceronte do que uma cassete de vídeo).
Ou seja neste número do T&_Q encontra tudo o que é preciso para se tornar um Mackyver Druggy.Um desabamento de terra deixou-o preso numa gruta ? Não faz mal, com o seu canivete um bocado do cinto e uma etiqueta de boxers, pode fazer uma speddball e esperar confortavelmente pela ajuda .
Usa cuecas? Então, procure bem dentro da gruta onde deve encontrar um tubo de cola de madeira, uma lata de acetona, vestígios de éter e uma página e crónica do Bernard da Costa no Publico; esqueça os três primeiros e ---------enjoy your flight

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