domingo, junho 14, 2009

Pré-conceitos

Este post serve para reflectir sobre aquilo o que se chama de pré-conceitos.

Sobre os pré-conceitos há 3 variáveis:

X -> O fenómeno sujeito a pré-conceito.
A -> O individuo que acusa o individuo B de ser pré-conceituoso
B -> O individuo que é acusado pelo individuo A de ser pré-conceituoso.

Temos assim a relação AXB.


Existem as seguintes propriedades e leis:

>> Lei do privilégio:
O individuo A dispõe de informação privilegiada acerca do fenómeno X.

>> Lei da invariância de A:
A opinião a posteriori do individuo A acerca do fenómeno X (depois da discussão com B) é igual à opinião a priori (antes da discussão com B).

>> Hipótese da conversão de B:
A opinião a posteriori de B sobre o fenómeno X é igual à opinião a priori (e à posteriori) de A. Neste caso temos um Happy End.

>> Hipótese da não conversão de B:
A opinião de B acerca do fenómeno X não se altera. B continua assim a ser um reaccionário.


O que motiviou essa reflecção?
Isto tudo porque fui acusado de ser pré-conceituoso por dizer que os franceses eram todos gays.
Não houve conversão por minha parte. Continuo a dizer que os franceses são todos gays, taL como a lingua francesa, a música francesa, a cozinha francesa, etc. Tudo excepto as mulheres francesas claro (Juliette Binoche... Oh la la).

8 Bitaites:

Anónimo mandou o bitaite...

Há aqui qualquer coisa que não bate certo.
1)A tem a posição que tem pela informação priveligiada.
Se A discute sobre X então, deduz-se, partilhará com B a informação priveligiada. Logo B fica sobre a alçada da lei do previlégio. Por 1) vem que a posição de B = posição de A e pela lei da invariância B vai terminar a discussão convencido.

Porque é que isso não se realizou, B ignorou a informação que o proprio reconhecia como privelegiada, ou seja B não quis que os factos importunassem uma bela trica, ou seja B foi preconceituoso...Mas o preconceito é de Macho...andar com AI tolerância, Ui respeito pelas opiniões dos, OOOO manter as opiniões abertas (agora chamam-lhe opiniões???) é Gay...Portanto, atendendo a que toda esta historia da infromação privelegiada é uma treta( a cena dos franceses serem gays pode ser tomado como axioma) demonstramos que o ALEMÃO não é francês.

Anónimo mandou o bitaite...

Agora, pode ser uma francesa, ou até, num espaço de Hilbert sob certas condições, uma francesinha...

Ger mandou o bitaite...

Houve um lapso por minha parte, peço desculpa.

A lei do privilégio devia ser antes: O individuo A pensa dispor de informação privilegiada acerca do fenómeno X.

A palavra “pensa” é importante, porque pode acontecer que o individuo B disponha de mais informação que o individuo A. Por exemplo o individuo B pode ter tido relações homosexuais com franceses (não é o meu caso, claro, isso é óbvio tendo em conta que sou contra zeros como divisores) e o indivduo A não.

pequena lontra mandou o bitaite...

o alemão pode não ser, por definição, francês mas que é decerto parvo, nao há dúvida.

mas que porra de post é este?



para tua informação a menina binoche (que meninas gay ou não tb consideram 'oh la la') não se furta a umas cenas gay que lhe acentam muito bem :)


ooooooh, get real, pá!!!

pequena lontra mandou o bitaite...

tendo sido admoestada retiro o parvo do comentário anterior e substituo por rapaz com visão limitada no que respeita à espécie humana...

mas parvo não é mau.... eu por acaso tb sou parva (do latim parua que significa pequena)... na gíria portuguesa ficou parvo como pequeno de espírito!!!

e fica aqui a retrataçao possivel :)

Ger mandou o bitaite...

A ideia que tenho de pré-conceitos é a seguinte:Para a grande maioria de fenómenos não existe uma opinião que seja a final, assim todos temos pré-conceitos, quando opinião sobre um assunto se altera obtemos um novo prté-conceito, tendo em conta que essa nova opinião tambem é provisória. Assim acusar uma pessoa de ser préconceituoso é um disparate tendo em conta que o acusador trambem está com pré-conceitos acerca do fenómeno (note-se que na maioria dos casos a minha opinião está mais próxima da do acusador que a do acusado).


O que eu tambem penso é quer a palavra "pré-conceito" cai acima de tudo em discussões dogmáticas, ou seja onde os dois discutantes tem opiniões opostas (ou pelo menos diferentes) e cada um defende exclusivamente a sua opinião. Eu defendo uma visão mais poppereana, ou seja quando me ocorre um argumento para a posição contrária à minha não hesito em dize-lo.

pequena lontra mandou o bitaite...

lol

e no entanto isso não invalida que aquilo que dizes ser a tua opinião acerca de tudo o que é francês não seja uma rematada idiotice.

e em relação ao teu comentário não consigo perceber, porque só costumo ser preconceituosa de vez em quando, porque é que há-de ser óbvio que não tenhas tido qualquer relação homossexual com um francês, para mim é tão óbvio como nunca teres tido relações sexuais com uma francesa O.o não vejo diferença.


e se tens um preconceito e alguém te alerta para a sua falta de fundamentação o melhor é pesquisares sobre o assunto e ver se percebes porque é que a noção de preconceito é tão pejurativa

X.X

Ger mandou o bitaite...

Lol.
Parece-me provável que quando uma pessoa diz que todos os franceses são gays, isso não deve ser muito a sério (fiquei na altura estupefacto de alguem poder levar uma afirmação dessas a sério). Na França há anualmente cerca de 800000 nados-vivos, facto esse que aumenta a probabilidade de haver alguns franceses heterosexuais. Da mesma forma as minhas afirmações sobre outros aspectos da França são tambem uma pura brincadeira.

Quanto à forma pseudo-matemática como apresentei a questão, eu antigamente pensava sobre o mundo real mesmo dessa forma. Hoje em dia, quando faço isso, há uma forte dose de auto-ironia, já não tem muito a ver com a minha forma de ver as coisas.