segunda-feira, agosto 06, 2007

Genebra

Acabaram-se as férias curtas que eu tive em que fui a Genebra (Suiça).

Genebra é uma cidade muito fixe, onde existe um nível de vida que não é deste planeta, onde circulam autocarros que daqui a 10 anos serão os autocarros de Lisboa e daqui a 20 anos os autocarros de Coimbra, uma cidade cosmopolita e limpa.

Fui visitar a ONU (onde está o antigo primeiro-ministro português António Guterres).
Fui visitar o CERN (Conseil Européen pour la Recherche Nucléaire), que é o maior acelerador de particulas do mundo. Foi o que me criou as maiores expectativas, só que infelizmente era preciso uma inscrição prévia de à 4 ou 6 meses atrás para ter uma visita guiada ao acelerador, vi apenas uma pequena exposição.

Porém a coisa que mais chama a atenção em Genebra (especialmente nesta altura quando foram as festas da cidade) foi a presença de um número muito elevado de árabes. Não tou a falar de árabes pobres, que existem pela Europa fora. Mas sim de árabes ricos, pessoal do petróleo, podres de ricos, a passarem férias em Genebra. Ouvi falar de coisas como por exemplo de pisos de hospital alugados por eles, de aberturas de lojas (como a FNAC) durante a noite só para eles, etc.
O mais impressionante é a forma como andam as mulheres. Um número muito elevado anda com burca (*), onde se apenas vêem as mãos e os olhos, em algumas nem isso pois poem óculos de sol nos olhos. Muitas outras tem a cara destapada, mas tem uma cara extremamente pálida, o que leva a conjecturar que no país delas andam de cara tapada. Apenas vi uma árabe vestida de forma ocidental, ela estava junto com os pais (em que a mãe tinha um véu) e tinha uma sáia até aos joelhos e uma roupa qualquer (não sei o nome daquele tipo de vestuário) em que os braços são inteiramente destapados, que é uma coisa normalíssima no Ocidente, excepto se tivermos no inverno no Norte da Europa.
Impressionante era a quantidade de perfume que elas usam, chega a haver o cúmulo de haver mulheres com burca a cheirarem a perfume a cerca de 10 metros de distância, que num certo sentido não deixa de ser um contra-senso. Outras ou as mesmas andavam com malas de ouro, etc.


Com tudo isto veio-me uma ideia de negócia. A ideia é a de fabricar burcas luxo, ou seja burcas constituídas por ouro ou alguma coisa para sinalizar a riqueza (e é isso que essa gente quer) da pessoa em questão.


Foram férias muito boas a dar vontade de mais visitas a cidades. Os próximos candidatos a sitios visitados por mim são Berlim, Munique, Viena, Londres, Roma e Barcelona. Entretanto podem sempre surgirem novos candidatos. :)

(*) Penso que a palavra burca não é a palavra certa, pois penso que se referem às peças de vestuário impostas às mulheres no Afeganistão onde nem se quer se via os olhos, que estavam atrás de uma rede (que provocava graves problemas nas vistas delas).

2 Bitaites:

Anónimo mandou o bitaite...

que opiniao tão etnocentrica em relaçao às opçoes culturais ou pessoais de cada um (sim, que cada um sabe de si). nao é um contra-senso uma senhora tapada cheirar bem ao longe ou ostentar a sua riqueza, porque o intuito de usar uma burka ou um sari ou qualquer outra peça de vestuario que nao umas calças e uma camisola ultrapassa estas minudencias de detalhe que apontas...

para que haja estes árabes muito ricos tem que haver também os árabes muito pobres, de que falas com um pontita de desdém...

só para informar, estes árabes são os maiores consumidores de alta costura do mundo e este tipo de vestuário com apontamentos luxuosos já dão muito dinheiro a ganhar :D

Ger mandou o bitaite...

@ anónimo

Não falei dos árabes pobres porque não os vi lá. É precisamente do contraste de riqueza nesses países que fiquei impressionado. Eu conheci muitos árabes na Alemanha que eram de origem pobre. Aínda mais pobres são os que vivem nos países árabes.
A diferença de rendimentos nesses países supera a diferença existente em países como os EUA ou o Brasil.

É diferente ler sobre as condições de vida das pessoas nos países árabes e o de ver isso ao vivo.
Se alguma vez voltar a Genebra nessa altura muito provávelmente já não irei estranhar do que eu vi, já se torna algo de conhecido.