Fala-se muito da solução mágica Euro-Bonds para salvar o Euro. No entanto se pensarmos chegamos à conclusão que nos primeiros tempos do Euro já foi como se existissem os Euro-Bonds. As taxas de juro sobre obrigações portuguesas e gregas não era muito superior à alemãs, não houve grande diferença nas taxas e deu no que deu. Os grandes adeptos do endividamento em Portugal e Grécia aproveitaram os juros baixos para se endividarem à maneira. Por isso se forem introduzidos os Euro-Bonds sem mais nada vamos apanhar daqui a 5 anos uma crise cuja dimensão ultrapassa em muito a actual. Merkel deu entender que via a introdução dos Euro-Bonds como fim de um processo, ou seja, primeiro a cultura do endividamento teria que ser revisto para se poder pensar no assunto.
domingo, junho 03, 2012
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«As taxas de juro sobre obrigações portuguesas e gregas não era muito superior à alemãs, não houve grande diferença nas taxas e deu no que deu. Os grandes adeptos do endividamento em Portugal e Grécia aproveitaram os juros baixos para se endividarem à maneira»
Pois, mas em Espanha aproveitaram para abater a dívida e também não lhes serviu de muito...
De facto faltou-me acrescentar o endividamento privado. Aquilo aconteceu na Espanha foi um nível absurdo do endividamento privado associado à bolha imobiliária.
Das medidas mais importantes tomadas em Portugal foi o fim do crédito bonificado para novas compras imobiliárias. Embora que essa medida foi visionário, de visionário o governo que o decidiu não tinha nada (foi simplesmente para cortar despesa). Se não se tivesse acabado com essa medida tínhamos tido um mercado imobiliário como a Espanha.
E eis que após sucessivos adiamentos a crise económica está prestes a chegar à Alemanha, havendo assim sinais de que o governo alemão está a preparar medidas para incentivar o crescimento na Europa. Se os Euro-Bonds ainda vem, não se sabe.
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